Você imagina um grego ignorando
a Acrópole? Um egípcio desconhecendo as Pirâmides? Um chinês que não conheça a
Grande Muralha? Um peruano que não se orgulhe de Machu Picchu? Improvável.
Nesses casos, os povos aprendem a reconhecer esses lugares, suas construções,
suas mitologias.
Guarujá possui “construções”
históricas mais antigas que as primeiras pirâmides do Egito e anteriores á
escrita. Tão antigas que, quando começaram a ser feitas, o Saara ainda possuía
áreas florestadas e ainda andavam pela Terra preguiças-gigantes,
leões-das-cavernas e alces-gigantes.
Esse tesouro que Guarujá possui
são os Sambaquis, palavra Tupi que significa “montanhas de conchas”. Temos 15 Sambaquis
catalogados em Guarujá, 12 dos quais já reconhecidos pelo IPHAN. Antigos povos
indígenas ocuparam o litoral entre 9 e 3 mil anos atrás e tinham como hábito
empilhar as conchas das ostras e marisco que consumiam, daí a denominação dada
pelos tupis.
Não bastasse a presença desses
monumentos históricos da presença humana em nossa cidade, um deles, o Sambaqui
Crumaú 1, é o maior sambaqui do mundo, com 31 metros de altura. Alguns
sambaquis foram desfeitos no passado, e ajudaram a construir a Guarujá moderna,
pois foram usados para a construção dos fortes de São Felipe, Itapema e da
Barra Grande, ou, mais recentemente, a entrada do Forte do Andradas e o Golf
Club.
Importante explorarmos os
Sambaquis turisticamente. Muito mais importante é fazermos que os cidadãos de
Guarujá saibam, conheçam e se orgulhem disso.
Artigo publicado em 07/07/2018, no Jornal Assunto Cidade n.123.
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