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quinta-feira, 26 de agosto de 2010

... E no princípio tudo era verbo.

Só havia escuridão sobre o abismo, e o verbo: FIAT LUX,  e a luz se fez.


Bem, não foi bem assim que eu decidi começar a escrever, mas tenho uma hesitação enorme em cada palavra, justamente por entender o enorme poder do verbo, a força que cada palavra pode ter.

Tomei uma decisão séria: escrever. Mas ainda não tenho muito nítido o tema, o assunto. Então irei falar sobre tudo que me causa estranhamento, tudo que prende minha atenção. Falarei sobre o cotidiano, mas de uma forma muito particular, de um jeito meu, comprometido com a minha experiência e expectativa sobre o mundo.

Completei 30 anos. E isso me traz pensamentos sobre os rumos que a nossa vida toma sem que nós nos demos conta.

Será que somos joguetes do destino? Será tudo arbitrário e sem sentido? Ou será que tudo já está pré-determinado?

Questões que seguramente não são minhas, quer dizer, não sou quem descobriu a pólvora ou a roda, muitos, muito antes de mim, já se questionaram sobre as razões que os faziam ser o que eram.

Filósofos. Fico feliz por poder iniciar essas reflexões depois de saber que tanta gente "quebrou a cuca" tentado ver a razão por traz da nossa existência. Sentimento ambíguo, também sinto frustração, por não conseguir a infantil resposta pronta, o resultado final e racional. Por que eu estou aqui?

Se a razão não me sacia, talvez deva procurar a fé. Ah, a fé... acreditar sem ter provar, crer, sem razão. Não posso falar que desacredito da fé, pois acredito no amor, mas isso, também pode ser manipulado, se utilizarmos os mecanismos químico-neurais apropriados.

Quem ler isso, não espere textos brilhantes, com respostas e prodígios literários. Como disse no começo, isso é, antes de tudo, um exercício de escrita, que se dará com a expressão livre do meu pensamento.
 
Forte abraço.
 
Prof. Luiz Paulo

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