Os romanos chamavam o Mar
Mediterrâneo de “Mare Nostrum”. Todo o Império estava às suas margens e suas
principais rotas eram marítimas, assim, fazia sentido chamá-lo de “Nosso Mar”.
Na varanda do Chalé 17 da Vila
Balneária, Juventino Malheiros viu o amanhecer na Praia de Pitangueiras
milhares de vezes e sabia que o “Mare Nostrum” do Brasil (e de Guarujá) era o
Oceano Atlântico, e assim, foi pelo Nosso Mar que todas as riquezas de nossa
cidade afluíram. O Nosso Mar nos ofertava seus alimentos; Nossa identidade se
construiu a partir da defesa da terra, com os nossos fortes e do nosso idioma,
com os padres, e isso aconteceu junto ao Nosso Mar; O florescer de Guarujá,
como Estância Balneária se fez viável graças às belezas e à saúde vindas do
Nosso Mar.
Foi chamado por Carlos de
Campos, Presidente do Estado, a assumir uma missão difícil, mas que certamente
estaria preparado, justamente por conhecer, como poucos, as mazelas que
afligiam os habitantes da Ilha: Ser o Prefeito Sanitário de Guarujá.
Morador de Guarujá há mais de 18
anos, seu primeiro ato oficial, em 01 de julho de 1926, criou um Brasão,
descrevendo a alvorada que vira tantas vezes: um Sol num céu vermelho pelo
Crepúsculo, sobre o azul do Mar, banhando as alvas areias. Como suportes, dois
Delphins e por lema, determinou “Pro Mare Nostrum”.
Riqueza em biodiversidade de
manguezal, estuário, canal e oceano, na vela, recreio, mergulho e pesca, nos
estaleiros, marinas, no porto e nas praias. Tudo isso veio PRO MARE NOSTRUM.
Artigo publicado em 21/07/2018, no Jornal Assunto Cidade n.125.
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