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quarta-feira, 10 de junho de 2020

PRO MARE NOSTRUM


Os romanos chamavam o Mar Mediterrâneo de “Mare Nostrum”. Todo o Império estava às suas margens e suas principais rotas eram marítimas, assim, fazia sentido chamá-lo de “Nosso Mar”.
Na varanda do Chalé 17 da Vila Balneária, Juventino Malheiros viu o amanhecer na Praia de Pitangueiras milhares de vezes e sabia que o “Mare Nostrum” do Brasil (e de Guarujá) era o Oceano Atlântico, e assim, foi pelo Nosso Mar que todas as riquezas de nossa cidade afluíram. O Nosso Mar nos ofertava seus alimentos; Nossa identidade se construiu a partir da defesa da terra, com os nossos fortes e do nosso idioma, com os padres, e isso aconteceu junto ao Nosso Mar; O florescer de Guarujá, como Estância Balneária se fez viável graças às belezas e à saúde vindas do Nosso Mar.
Foi chamado por Carlos de Campos, Presidente do Estado, a assumir uma missão difícil, mas que certamente estaria preparado, justamente por conhecer, como poucos, as mazelas que afligiam os habitantes da Ilha: Ser o Prefeito Sanitário de Guarujá.
Morador de Guarujá há mais de 18 anos, seu primeiro ato oficial, em 01 de julho de 1926, criou um Brasão, descrevendo a alvorada que vira tantas vezes: um Sol num céu vermelho pelo Crepúsculo, sobre o azul do Mar, banhando as alvas areias. Como suportes, dois Delphins e por lema, determinou “Pro Mare Nostrum”.

Riqueza em biodiversidade de manguezal, estuário, canal e oceano, na vela, recreio, mergulho e pesca, nos estaleiros, marinas, no porto e nas praias. Tudo isso veio PRO MARE NOSTRUM.

Artigo publicado em 21/07/2018, no Jornal Assunto Cidade n.125.

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