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sexta-feira, 10 de setembro de 2010

O Caminho, o Portal e a Riqueza

A história não é cíclica. É uma espiral.

Tem gente que não gosta do Porto, mas todos querem dinheiro.

O centenário Porto de Santos é o portal para as riquezas do Brasil. Sempre ouvimos frases como essa, mas nunca analisamos o que está oculto na afirmação.
Inicialmente, existem pessoas que acreditam que o Porto é a passagem das riquezas, não seu destino, o que daria à alguns a falsa impressão da riqueza. É como se um bancário pensasse ser rico porque trabalho com a movimentação de grandes somas de dinheiro.
No passado, a riqueza estava presente em Santos, pois além da movimentação das cargas, a negociação do café era feita na cidade. Testemunhas dessa época são a Prefeitura de Santos, a Alfândega e a Bolsa do Café, edifícios opulentos de um tempo onde havia dinheiro gerado e gasto na cidade.
Hoje, alguns afirmam que a riqueza dos santistas pode ter alguma ligação com o Porto, mas não é regra. Santos diversificou sua economia, o comércio e os serviços ampliaram sua participação no emprego da mão-de-obra.
Alguns olham com desdém e antipatia para o Porto, vendo ali um símbolo de decadência, de uma época perdida. Vêem o Porto como um entrave para o futuro de Santos.
Ilusão e Bobagem.
Se existem instituições como a Alfândega, a Fazenda Estadual e a Justiça Federal na cidade, é porque existem sim geração de riquezas em Santos a partir da movimentação de cargas pelo Porto.
Se toda essa diversificação aconteceu e acontece, é para atender as necessidades do Porto. No entanto, parte da sociedade santista parecer desconhecer isso.
E mais, se houve significativo crescimento econômico e populacional das cidades do entorno de Santos - São Vicente, Guarujá, Praia Grande, e em menor escala Cubatão - foi para atender demandas relacionadas ao Porto.
O Turismo é uma atividade importante no contexto econômico da Região da Baixada Santista. Mas, quase todas as melhorias e o acessos para a Região visão, inicialmente, a movimentação das cargas para o Porto. Mesmo a Base Aérea, embrião do futuro Aeroporto Metropolitano, só foi criada, em 1922, para a defesa do Porto.
Na parte insular de Santos, o Porto chegou ao seu limite físico, restando apenas alguns lugares da Área Continental de Santos, próximas ao Terminal Petroquímico da Ilha Barnabé, ao Canal da Bertioga e à Rodovia Cônego Domêncio Rangoni (antiga Piaçagüera-Guarujá). Existem possibilidades de ampliação da área de cais em Cubatão e em Guarujá, onde o Porto já existe, mas faltam acessos dimensionados para o movimento, especialmente de caminhões.
Tanto a população de Santos, como das outras cidades que têm Porto (Guarujá e Cubatão) e envolvidas com as atividades portuárias (São Vicente e Praia Grande) precisam entender a importância do funcionamento eficiente do complexo portuário, seja para a geração de empregos e impostos, seja para a construção de infra-estruturas que atenderão o Porto, a população e a demanda turística.
Se toda a população cobrar das autoridades essas melhorias para o Porto, estarão, em última análise buscando a sua melhoria também.

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