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quinta-feira, 10 de abril de 2014

Os tipos de solos de Guarujá.

Na Ilha de Santo Amaro, onde está assentada a cidade de Guarujá encontram-se cinco tipos de Solo: Regolito, Coluvial, Aluvial, Lodo e Arenoso.

Regolito: Rocha que sofreu decomposição, comum devido às intempéries tropicais, gerando sedimentos que repousam sobre a mesma (solo cru). Este solo “recém-formado” é desprovido de uso agrícola, ou seja, não foi utilizado ainda para este fim. Encontra-se predominantemente sobre os Morros e Serras.

Coluvial e Aluvial: Solo formado por sedimentos transportados das encostas de morros e serras (solo coluvial), ou depositado no passado pelos rios (solo aluvial). São encontrados terrenos aluviais nos vales dos rios Crumaú e Santo Amaro, bem como depósitos coluviais em todo o sopé das Serras de Santo Amaro e Guararú, além do Maciço do Morro dos Limões.

Lodoso: Conhecido também como vasa ou lama. Corresponde a depósito de sedimentos muito finos, acarretando solo instável, pouco compactado. Encontra-se em planícies inundáveis, entre o nível do mar e a “terra firme”, por isso, é sujeito a inundações durante as marés cheias, agregando alto teor salino ao solo. Devido ao grande acúmulo de matéria orgânica, possui coloração escura e por vezes emana odor fétido, proveniente do gás sulfídrico gerado no processo de decomposição orgânica (restos de plantas e animais – crustáceos e outros)

Arenoso: Solo de origem marinha, depositado durante as últimas quatro invasões oceânicas (transgressões marinhas ocorridas no último milhão de anos – Período Quaternário), mais precisamente durante o Pleistoceno. Trata-se basicamente de solo arenoso igual ao que encontramos na faixa de areia da praia.

Fonte: Ferreira, Cesar C. Atlas Escolar Histórico e Geográfico. 2007

quarta-feira, 9 de abril de 2014

O desafio de conhecer a cidade de Guarujá.


Desde 2003, quando comecei a dar aulas de Geografia em Guarujá, percebi um enorme desconhecimento dos alunos sobre a cidade. Tive a oportunidade de conhecer várias regiões de Guarujá durante a minha infância, graças ao meu pai, experiente navegador, “descobrindo” praias como Cheira-Limão, Sangava, Saco do Major, São Pedro, Iporanga e Camburi, ou passeando e comprando no comércio da Avenida Thiago Ferreira, ou mesmo acompanhando minha mãe, nas escolas nos mais diversos bairros. E nessas andanças, conhecia pessoas, ouvia histórias e “causos” que registrei na memória, e hoje, são extremamente úteis no estudo e compreensão da Geografia de Guarujá.
Assim, na tentativa de explicar um determinado fenômeno do campo da Geografia, buscava usar exemplos presentes em Guarujá, ou seja, contextualizando os conteúdos à realidade dos alunos. Ledo engano! Por diversas vezes, ao fazer uma referência sobre Guarujá, a expressão de interrogação era maior do que a da explicação original. Não havia, e há conhecimento sobre fatos e personalidades que ajudaram a fazer de Guarujá o que é atualmente. Nossa história é difícil de conhecer, seja por referências obscuras nos livros, seja pelo absoluto desinteresse observado por parte de maioria da população.
Poucas pessoas, abnegadas, tentaram buscar essas referências, como Oswaldo Cáfaro, que preservou um acervo fotográfico incrível sobre nossa cidade, ou a Baronesa Esther Sant’ana de Almeida Karwinsky, apesar do seu elitismo, contribuiu sobremaneira com a preservação, mesmo que documental, do folclore caiçara, ou ainda das Professoras Angela Omati Aguiar Vaz e Mônica de Barros Damasceno, bastiões da preservação da história de Guarujá.
Restou então elaborar algum material sobre Guarujá, com uma intensa pesquisa sobre fatos, pessoas e fenômenos que, presentes na cidade, influenciaram e ainda influenciam a vida das pessoas, na tentativa de que meus alunos passassem a conhecer melhor a nossa cidade e assim, se apropriassem plenamente de Guarujá, orgulhosos das coisas boas que existem por aqui, e conscientes das mazelas da ilha.
Fiquei motivado à compartilhar esse experiência quando a Secretaria de Educação de Guarujá anunciou a realização do Prêmio Educador Destaque, estimulando os Professores da Rede Municipal à relatar seus trabalhos desenvolvidos em sala de aula. Esse estudo sobre Guarujá foi um das 50 experiências selecionadas para fazer parte de um livro, com o objetivo de divulgar trabalhos exitosos. Desde a divulgação do Prêmio, fui procurado pois, mais de 40 professores, interessados em conhecer e multiplicar essa apresentação. Dessa forma, fica o registro sobre a demanda existente em na cidade de livros sobre a história, de atlas escolares de Guarujá.