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sábado, 2 de outubro de 2010

Opinião Publicada

Na mesma semana, tive duas cartas publicadas no Jornal A Tribuna, em 27/09 e em 30/09. A seguir, reproduzirei ambas.

Em 27/09
O Palhaço
Inicialmente, assim como muitas outras pessoas, fiquei bastante incomodado com a candidatura de um comediante, claramente ignorante e despreparado para acompanhar o processo legislativo nacional. No entanto, no jogo democrático, qualquer pessoa pode fazer parte e colocar-se para as eleições, e o eleitor é soberano para endossar ou não esse ou aquele candidato, baseando-se na proposta ou no carisma da pessoa. Então me resignei, pois, afinal de contas, elegemos e reelegemos um operário, torneiro mecânico para a presidência do Brasil, e ele é o presidente mais popular e bem aprovado da história, refratários a todos os problemas e escândalos.
Agora, o que me deixa muito bravo, ou tiririca, como se diz popularmente, é que eu não vejo ninguém criticar, com o mesmo empenho e paixão, a candidatura de "ex(?)-mensaleiros", "aloprados", "sanguessugas", "anões do "orçamento" ou mesmo de ex-adversários, agora super-aliados, da mais retrógrada e corrupta oligarquia do Norte e do Nordeste do Brasil.
Qual o prejuízo de um Deputado Palhaço Profissional pode causar ao Congresso Nacional? Será que ele fará tanto mal quanto um Deputado Mensaleiro? Claro que um nome popular trará muitos votos para o partido político, e assim, alguns mensaleiros poderão voltar ao Congresso através do coeficiente eleitoral, mas isso tem que ficar bastante claro.
É fácil e cômodo "bater" em alguém notadamente deslocado, que só está na campanha para "puxar votos" para um partido político. Lanço um desafio: quem irá, durante essa campanha, falar claramente: Não vote em candidatos do mensalão! Não dêem seu voto para os aloprados! Quem teve dólar na cueca não deve ter seu voto! Ser desviava recursos das ambulâncias, não merece meu voto!
Parece que o problema não é termos um palhaço disputando as eleições. O problema somos nós deixarmos que nos façam de palhaços.

Em 30/09
Indefinição
Fiquei indignado com a indefinição do STF em relação a aplicação para esse ano da Lei da Ficha Limpa.
No entanto, a minha indignação não está direcionada ao STF, pois todos os Ministros  estavam plenos no seu direito de concordar ou não com a aplicação da lei. Minha revolva está direcionada ao Presidente Lula. Ora, se era sabida e esperada a aposentadoria de um Ministro, ocorrida no começo de agosto, porque não houve uma aceleração nos trâmites para nomeação de um novo ministro? Em 2007 o próprio Presidente Lula acelererou a indiação de um Ministro, pois este estava muito próximo da idade limite para nomeação.
Se hoje não temos uma definição sobre a aplicação da Ficha Limpa, devemos à inação do Presidente Lula. Ou melhor, devemos a ação dos novos aliados do Presidente, os velhos oligarcas do norte/ nordeste.

Opiniões publicadas, com alguma repercussão, mas será que serão entendidas?


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